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II
A página 227 do
Livro de Ouro da Mitologia
O Mito de Peplos
Peplos fora um pastor e camponês que vivia tranqüilamente em uma simples choupana nos campos da Arcádia. Passava seus calmos dias apascentando suas cabras ou colhendo uvas nas vinhas próximas a seu vilarejo. À noite costumava tocar sua flauta de Pã a um pequeno e seleto número de ouvintes, seus vizinhos de vilarejo.
Certa noite, não tivera o seu habitual público, pois todos encontravam-se cansados após as longas horas de trabalho de colheita das uvas. Encontrava-se o pastor a tocar sua flauta, dom de Pã. Ao longe ouviu doces vozes provindo do bosque de ciprestes que ali perto se encontrava. Seguiu até lá, guiado pela curiosidade. Selene, a deusa Lua radiante, se encontrava pairando pelo manto de Urano, o céu estrelado. Apenas pela luz da deusa era iluminado o curioso pastor.
Após alguns minutos procurando aquelas doces vozes, encontrou várias mulheres desnudas brincando às margens de um lago, iluminado pela rainha da noite. Ninfas dos Ciprestes lá se encontravam e uma, dentre todas, era a mais radiante em sua beleza: Afrodite, a própria deusa do Amor.
Ao perceber que eram observadas por um mortal, todas fugiram e entraram nos troncos das grandes árvores. Exceto Afrodite, de bela cintura. Por seu descuido, lá mesmo a deusa transformou o pastor em uma flor branca como a lua. E lá ela se encontra.
Assim, segundo a lenda surgiu a Flor Peplos, que passou a representar a “pureza desnudada”.
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