LeropqQuero 2005 - Ah, os amigos...
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PEDRO GONZAGA





AH, OS AMIGOS...

por

Pedro Gonzaga – narrador
Pedro Henrique Springer da Silva – Sir Quevim
Ricardo Cabral da Silva – Sir Shabaka
Cardoso – Getrudes, a donzela

Debaixo de um sol infernal, dois cavaleiros preparavam-se para o duelo. Amigos de longa data, sorriam cordialmente um para o outro. A arquibancada estava cheia. Na parte central estava sentada a donzela mais formosa do reino. Sir Quevim estava vestido de negro e Sir Shabaka, a sua direita, trajava uma armadura prateada. Sir Quevim falou:

– Meu amigo, não queria ter que lutar com você. Vamos fazer de conta?

– Sim, claro. Mas vamos fingir um duelo violento, para o publico. Depois dividimos o prêmio. O que você acha? Afinal, estamos endividados mesmos. E depois, só sobramos nos dois, de todos os outro cavaleiros neste torneio.

– Boa idéia! Vamos lá! Quem começa atacando?

– Bem, você sabe que agora é a hora dos martelos e escudos. Você dá um golpe por cima, eu desvio. Ok? Putz, mas como está calor dentro desta armadura. Você viu quem está na arquibancada real?

Da platéia, a donzela acenou efusivamente com seu lenço cor de rosa primeiro para um e depois para o outro. Os dois amigos se olharam surpresos e embasbacados. Sir Quevim disse:

– Mas ela te conhece também?

– Claro! Estamos juntos e ela me jurou fidelidade e amor eterno. Lembra? Essa é aquela garota que eu te falava!

– É estranho... Ela me prometeu a mesma coisa!

– Ah, é, seu vagabundo? Você vai sentir o peso da machadinha abrindo essa sua armadura negra!

– Então sentirás a minha encravada em sua testa!

As armas começaram a se chocar. O som dos metais contra os escudos era apavorante. A donzela, desesperada com o que via na arena, levantou-se de um salto e se lançou arquibancada abaixo em direção aos dois. Aos gritos, ela disse:

– Pelamordedeus, não me façam uma coisa dessas!

– Estou lutando por você, Gertrudes, meu amor!

– Shabinha, meu lindo, não vale a pena derramar sangue por uma mulher como eu!

– Sim! O sangue dele não vale a pena ser derramado – disse Sir Quevim – um sangue podre desses não vale a pena...

– Cala a boca, seu degenerado, filho de uma ratazana! Vou cortar tua orelha com minha espada.

– Oh! Nobres cavaleiros! Não deixem que a raiva fale mais alto que vossos corações!

– Meu coração bate muito forte, e por você, Gertrude querida! – brada Sir Quevim.

– Oh!

– Cala boca com essas baboseiras de amor! Vamos à luta. Quero atravessar logo minha espada em você! – ameaça Sir Shabaka.

– Oh!

– Prepare-se para a morte, então!

Um distinto cavaleiro se ergueu de seu lugar e gritou a plenos pulmões: Gertrudes, luz da minha vida, volta pra cá e deixa esses dois aí. Estou saudoso do calor dos seus lábios. Os dois amigos, que haviam se esquecido desse fato se olharam:

– Mas o que? – disseram, ao mesmo tempo.

– O que aquele cavaleiro está a lhe dizer, Gertrudes, meu amor? – espantou-se Sir Shabaka.

– Como? Três ao mesmo tempo, Gertrudes?

– Com ele também?

– Oh! Eu fico tão sozinha... – geme Gertrudes, a disputada donzela.

– Meus calorosos beijos não lhe foram o suficiente, nem mesmo o meu amor. Estou com o coração partido. – lamenta-se Sir Shabaka.

– Você não se sustentava só comigo, então não pouparei mais sua vida cheia de traições! – urrou Sir Quevim.

– O que você quer fazer conosco, mulher enlouquecida? Isso não irá ficar assim. E pensar que estava prestes a matar meu melhor amigo... – reflete Sir Shabaka.

– Oh! Clamo pela minha vida! Será que ninguém socorrerá uma pobre e inocente donzela?

– Nunca mais quero ver teu rosto, ouvir tua voz... A morte te cairá muito bem, sua ordinária! – acusa Sir Shabaka.

– Depois dessa, ninguém se levantará para ajudá-la! Então segure esta machadada!

– AAAAAAAAAAAAH!!!

Os dois se olharam e partiram para cima dela. Golpearam-na sem piedade. A donzela ficou caída no chão, o sangue escorrendo para a areia. Os miolos esmigalhados ficavam ainda mais amarelos sob a luz do sol. Os dois cavaleiros se abraçaram e fizeram as pazes. A verdade é que o dia seguia igual a antes do trágico combate. Menos, é claro, para o pessoal da limpeza. Remover os restos de Gertrudes, a mais bela mulher do reino em duas gerações, ia ser tarefa das mais asquerosas. Ah, os amigos...



VERSÃO ORIGINAL



[19:45] Narrador: Debaixo de um sol infernal, dois cavaleiros preparavam-se para o duelo. Amigos de longa data, sorriam cordialmente um para o outro. A arquibancada estava cheia. Na parte central estava sentada a donzela mais formosa do reino. Sir Quevim estava vestido de negro e Sir Shabaka, a sua direita, trajava uma armadura prateada. Sir Quevim falou:

[19:47] Quevim: meu amigo, não queria ter que lutar com vc. Vamos fazer de conta?

[19:50] SHABAKA: Sim ...claro, mas vamos fingir um duelo violento, para o publico. Depois dividimos o prêmio. O que vc acha? Afinal estamos endividados mesmos. E depois só sobrou nos dois de todos os outro cavaleiros neste torneio.

[19:52] Quevim: Boa ideia ta vamos la quem comesa atacando?

[19:54] SHABAKA: Bem, voce sabe agora é a hora dos martelos e escudos. Voce da um golpe por cima, eu desvio. Ok? Putz, mas como esta calor dentro desta armadura. Voce viu quem esta na arquibancada real?

[19:55] Narrador: Da platéia, a donzela acenou efusivamente com seu lenço cor de rosa primeiro para um e depois para o outro. Os dois amigos se olharam surpresos e embasbacados. Sir Quevim disse:

[19:56] Quevim: mas ela te comnhese tambem?

[19:59] SHABAKA: claro! Estamos juntos e ela me jurou fidelidade e amor eterno. Lembro essa é aquela garota que eu te falava

[20:00] Quevim: é estranho ela me prometeu a mesma coisa!

[20:01] SHABAKA: Ah é seu vagabundo, vc vai sentir o peso da machadinha abrindo essa sua armadura negra.

[20:03] Quevim: entao sentiras encravada em sua testa

[20:03] Narrador: As armas começaram a se chocar. O som dos metais contra os escudos era apavorante. A donzela, desesperada com o que via na arena, levantou-se de um salto e se lançou arquibancada abaixo em direção aos dois. Aos gritos, ela disse:

[20:04] Donzela: Pelamordedeus, não me façam uma coisa dessas!

[20:05] SHABAKA: estou lutando por vc. Gertrudes meu amor.

[20:06] Donzela: Shabinha, meu lindo, não vale a pena derramar sangue por uma mulher como eu!

[20:07] Quevim: sim o samgue dele nao vale a pena ser derramado

[20:08] Quevim: um samgue podre deses nao vale apena

[20:08] shabaka: cala a boca seu degenerado, filho de uma ratazana. Vou cortar tua orelha com minha espada.

[20:10] Donzela: Oh! Nobres cavaleiros! Não deixem que a raiva fale mais alto que vossos corações!

[20:12] Quevim: meu cora sao bate muito forte e por vc gertrude querida

[20:12] Donzela: Oh!

[20:12] shabaka: cala boca. com essas baboceiras de amor. vamos a lua. quero atravessar logo minha espada em voce.

[20:13] Donzela: Oh!

[20:14] Quevim: se prepare para a morte então

[20:15] Narrador: Um distinto cavaleiro se ergueu de seu lugar e gritou a plenos pulmões: Gertrudes, luz da minha vida, volta pra cá e deixa esses dois aí. Estou saudoso do calor dos seus lábios. Os dois amigos, que haviam se esquecido desse fato se olharam:

[20:15] shabaka: mais o que?

[20:15] shabaka: o que aquele cavaleiro esta a lhe dizer gertrudes meu amor?

[20:16] Quevim: como 3 ao mesmo tempo gertrudes?

[20:16] Quevim: com ele tambem?

[20:16] Donzela: Oh!

[20:16] Donzela: Eu fico tão sozinha...

[20:17] shabaka: meus calorosos beijos nao lhe foram o suficiente, nem mesmo o meu amor. Estou com o coraçaõ partido.

[20:18] Quevim: vc nao se sustemtentava so comigo entao n pou parei mais sua vida cheiade traisoens!

[20:20] shabaka: O que vc quer fazer conosco mulher enlouquecida? Isso não ira ficar assim. E pensar que estava a prestes de matar meu melhor amigo.

[20:21] Donzela: Oh! Clamo pela minha vida! Será que ninguém socorrerá uma pobre e inocente donzela?

[20:22] shabaka: Nunca mais quero ver teu rosto, ouvir tua voz, a morte te caira muito bem sua ordinaria.

[20:23] Quevim: depois dessa nimguem se levantara a ajudala enta segure esta machadada!

[20:23] Donzela: AAAAAAAAAAAAH!!!

[20:23] Narrador: Os dois se olharam e partiram para cima dela. Golpearam-na sem piedade. A donzela ficou caída no chão, o sangue escorrendo para a areia. Os miolos esmigalhados ficavam ainda mais amarelos sob a luz do sol. Os dois cavaleiros se abraçaram e fizeram as pazes. A verdade é que o dia seguia igual a antes do trágico combate. Menos, é claro, para o pessoal da limpeza. Remover os restos de Gertrudes, a mais bela mulher do reino em duas gerações, ia ser tarefa das mais asquerosas. Ah, os amigos...